"Porque fé, quando não se tem, se inventa."
Caio F. Abreu.
Estava eu, deitada na sala com a minha mãe, assistindo uma série sobre espíritos quando numa determinada cena, ocorre um diálogo entre a protagonista e o espírito de uma médica que me intriga e eu, sem pensar, solto:
-Ah vá, essa médica está mentindo.
Minha mãe, com a maior calma do mundo, me olha e diz:
-Claro que não, espíritos não mentem.
Na hora, acabei rindo dessa frase inusitada, mas minha mãe se explicou:
-Mentira é algo que só tem utilidade nesse nosso mundo hostil. Quando se passa para o tal outro plano, as coisas ficam mais claras e truques como esse, tão velhos, não funcionam. As ações, intenções e emoções tornam-se transparentes.
Quase ri pela segunda vez, mas me contive e parei para pensar. Não que eu goste de pensar sobre a mentira, suas origens e destinos, mas fiquei intrigada não só pela raridade do pensamento, mas pela forma como minha mãe o abordou. Tudo bem, era só uma cena de uma série qualquer, mas vindo dela, que não tem a religiosidade como característica principal, me fez questionar sobre as coisas que quero levar deste plano, para o outro (daqui a muito tempo, espero.) e de alguma forma me provou que pode haver fé sim, mesmo inventada.
Olha que, de tudo que há de intrigante sobre este outro plano, nunca tinha pensado sobre esse aspecto da mentira. Sua mãe tem razão, e concordo também que a religiosidade pode não ser característica de alguém, mas podemos ter fé no que quisermos, mesmo que tenhamos acabado de conceber a idéia da nossa crença.
ResponderExcluirBeijos!
Ah, adorei seu texto de um ano de namoro, lindo. Parabéns a vocês, que venham muitos outros aniversários e muita felicidade! Vamos planejar nossa viagem para o ano que vem hein, beijos!
Problema é quando as pessoas, desse nosso plano, só sabem mentir e trapacear né?
ResponderExcluirwww.identidadenoroeste.com