Sentada na cama, deixo-as finalmente cair. Aparentemente feitas de água, as lágrimas as vezes parecem ter vida própria, um poder muito grande, e desconfio que saibam disso. Quando se cansam de nós, raramente conseguimos convence-las a permanecerem guardadas, e escapam sem pedir autorização. Caem sobre um rosto, uma folha e molham nossos corações imediatamente.
Hoje, fui vencida por aquelas mais teimosas. E vocês já devem saber: as insistentes são sempre as mais sinceras. As que não são, duvidam, ameaçam, e podem até recuar. São lágrimas fracas. As sinceras não se importam com o quão intransponível você seja, são fortes e confiantes. Ignoram todo o constrangimento, e fazem a pobre coragem humana virar pó.
Mas não há como ter raiva, afinal, o que seríamos sem elas? O que faríamos se não pudéssemos contar com a fragilidade de uma lágrima, ou o impacto de um choro (que não passa de lágrimas revoltadas)?
O mundo seria chato... e insuportavelmente seco.
Saudade do blog gente, eu juro!.